sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Finalmente é sexta-feira

Viajando por todo o país, tenho ouvido um grande número de pessoas que se encarregam de me fazer queixas de variados motivos, mas as lamurias que mais ouço são sobre o preço que alguns restauradores cobram por certos vinhos, havendo relações com margens superiores a 400%.

O que é certo é que tanto foi dito e escrito que muitos já se enquadraram à demanda.

Agora há que fazer um derradeiro apelo a uma nova tendência: a de cobrar preços absurdos por couverts, pão e entradas. Tenho encontrado muitos restaurantes a cobrar €3 por umas miseráveis fatias de pão congelado e manteiga rançosa, mas o meu choque máximo foi em Vila do Bispo, quando entrei num restaurante e vi que na ementa escandalosamente cobravam €3 por um pires de azeite (8ml).

Ora, se formos dividir por um litro são exactamente 125 doses, o que dá um total de €375 por um litro de azeite, que é uma barbaridade e um verdadeiro assalto.

Será que o couvert se transformou no novo alvo das margens absurdas e escandalosas?

Bem, voltando às notícias mais apetitosas, o Estado Liquido, que começou como bar e alargou os seus horizontes para o sushi (lounge, fusion e home), agora segue a moda brasileira dos fornos a lenha abrindo uma Forneria.

Muito vocacionado para as pizzas “gourmet”, estaladiças e crocantes e muito saborosas, mas também servem carpaccios, risottos e até algumas sobremesas que passam pelo forno a lenha.

Está aberto todos os dias para almoço e jantar. Largo de Santos, 9ª em Lisboa.

Tel: 21 397 20 22 - www.estadoliquido.com

Para aqueles que pensavam ir este fim-de-semana ao restaurante “Em Banho Manel” do Manuel Luis Gocha em Sintra, têm de arranjar um programa alternativo, pois o Tribunal de Sintra penhorou mesas, cadeiras, pratos e outros objectos.

Ainda no “pára-arranca”, o restaurante Unique em Lisboa de Fátima Lopes voltou a abrir as portas, tendo a estilista assumido 100% da sociedade que gere o espaço.

Podemos, assim, voltar a comer as iguarias do chefe João Simões, que além dos menus do dia-a-dia, preparou uma ementa especial para o dia 25 de Dezembro e para a mega festa que se promete no dia 31.

Recentemente provei um vinho do porto muito interessante: ODE Porto Wine. Bom preço, boa qualidade e boa imagem. Saindo assim da estética mais comum, este produtor decidiu arriscar atribuindo um look arrojado aos seus néctares magníficos.

O Reserve Rubi deve ser bebido a 14ºC, revelando aromas equilibrados e muito estruturados de cerejas, ameixas pretas, amoras e cassis.

Quanto ao Reserve Tawny, a temperatura deve baixar até aos 10ºC, revelando o caramelo, damasco, casca de laranja, terminando longo e de forma persistente.

É uma bela garrafa para se beber e uma bela garrafa para se ter em casa.

Amanhã, sábado, às 16h no centro comercial das Amoreiras, junto à grande escadaria, poderá assistir a um show cooking do chefe Henrique Sá Pessoa.

A ideia é mostrar de forma prática algumas das receitas e dicas do seu novo livro: Curso de Cozinha.

“Este livro não pretende ser um livro técnico ou decorativo, mas sim um livro para todas as pessoas e para todos os dias”, confessa Sá Pessoa, “as primeiras quarenta páginas estão reservadas ao básico, onde fala quais os utensílios essenciais na cozinha: tachos, panelas, facas e outros. Fala de formas para identificar os melhores produtos, quais as suas diferenças e os preços adequados.

Depois completa-se com mais de 100 receitas, desde como fazer arroz, ou um refogado, a técnicas mais evoluídas mas sem complicar”. Editado pela Esfera dos Livros, estará à venda nas grandes superfícies por €18.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 17 de Dezembro de 2010

2 comentários:

Anónimo disse...

Vicente,
servir Porto Ruby a 14ºC e Tawny a 10ºC ?!
no, gracias.
Ruby como 1 vinho tinto (17ºC) e Tawny como 1 bom branco (13-14ºC).
'Inda p'ra mais no inverno.

saludos, joão roseira

EuSouGourmet disse...

Olá João,
Pois são as recomendações do produtor e eu não desgostei, achei bastante aceitáveis.
Mas é tudo uma questão de gosto.
Eu só dou indicações, mas espero que as pessoas sejam todas como o João e mantenham-se fieis ao próprio gosto.
Obrigado pelo comentário,
Vicente